sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Apresentação

Este Blog está sendo desenvolvido como atividade de pesquisa acadêmica, pelos alunos André Cícero Cabral e Luciana Renner, na UNISC-Universidade de Santa Cruz do Sul, RS, Brasil, campus Capão da Canoa.

Capão da Canoa, 10 de Agosto de 2007.

Acadêmicos André Cabral e Luciana Renner.

Globalização


A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e inicio do século XXI. É um fenômeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados.
A rigor, as
sociedades do mundo estão em processo de globalização desde o início da História. Mas o processo histórico a que se denomina Globalização é bem mais recente, datando (dependendo da conceituação e da interpretação) do colapso do bloco socialista e o conseqüente fim da Guerra Fria (entre 1989 e 1991), do refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de 1975) ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial.
As principais características da globalização são a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica nas comunicações e na eletrônica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais (não mais ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma
cultura de massa universal, entre outros.

A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade dependendo do nivel de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Globalização: Aspectos positivos e negativos para as organizações.


As empresas se expandem globalmente para criar lucros, aumentar seu potencial de crescimento e ganhar com a troca de tecnologia. A globalização pode significar diversificação e riscos menores. Há riscos, como as desvalorizações da moeda corrente e as crises globais; porém no final das contas, as operações estrangeiras podem propiciar menores custos de produção e, as vezes, menores custos de empréstimos. A maior aproximação entre os países tem levado as empresas a se tornarem mais sensíveis as crises financeiras e fiscais. É por isso que os administradores não devem se expandir em excesso no exterior.
Fonte: GROPELLI, Angelico A. ; NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

As novas dimensões da vida no mundo digital

Você tem uma “Segunda Vida”, ou “surfa” na Web 2.0?. Pode parecer um tanto estranho para o leitor de um caderno de negócios, pego de surpresa, encontrar este tipo de tema sendo discutido no âmbito corporativo. Se você pensa que “isso é papo de adolescente”, cuidado, pois o mundo está avançando muito rapidamente no Século XXI, onde a vida corporativa está intrinsicamente ligada à vida digital. Essas perguntas já permeiam muitas rodas de conversas no mundo dos negócios. Thomas Friedman, meu “guru da vez”, autor do best seller “O Mundo é Plano” (o qual já mencionei anteriormente em outro artigo), ordenou de maneira brilhante, em três fases, o fenômeno da “Globalização”, que para nós teve seu início, no desgastado jargão, somente na década de 90.Na sua visão, a Globalização 1.0 começou em 1492 e encerrou seu ciclo próximo de 1800, período em que Colombo, por meio de suas viagens em alto mar, deu início ao comércio entre o Velho e o Novo Mundo. A Globalização 2.0 (de 1800 a 2000) foi alavancada pela integração global e expansão das empresas multinacionais em busca de mercados e mão-de-obra, liderados por ingleses, holandeses e que abrangeu a Revolução Industrial. Vivemos atualmente a Globalização 3.0, caracterizada pela capacidade dos indivíduos colaborarem e concorrerem no âmbito mundial, com enorme facilidade e uniformidade, graças à abundância de tecnologias e meios de comunicação disponíveis.A Globalização 3.0 torna as fronteiras irrelevantes. Ela integra produtores, clientes e distribuidores, onde quer que eles estejam. O fenômeno da globalização está criando um novo fenômeno, que são as cadeias globais de suprimentos. Uma cadeia global tem sempre um líder (em inglês, o Grid Leader, no jargão de negócios). Esse Grid Leader pode ser a IBM, a GM, a GE, a Boeing, a Microsoft, a Wall Mart, ou até mesmo as globais brasileiras como a Gerdau, Embraer ou Vale do Rio Doce. O Grid Leader convida fornecedores diretos e, por tabela, fornecedores de fornecedores, e operadores logísticos, a participarem de uma cadeia mundial de captação de pedidos, produção, montagem e logística de distribuição. Por exemplo, a IBM recebe de um grande banco um pedido de milhares de laptops para seus gerentes de contas utilizarem em todo o mundo. Ela coloca o pedido online para a Lenovo (seu fornecedor na China). Esta dispara uma mensagem para seu centro de distribuição mais próximo da IBM. O CD, por sua vez, dispara pedidos de resuprimentos para várias fábricas, que por sua vez dispara pedidos de resuprimentos de estoques que componentes, etc, etc. Resumindo, quando a IBM confirmar a aceitação do pedido ao banco, estarão ligados numa cadeia de suprimentos mais de vinte participantes em várias partes do mundo. Durante todo o período de suprimento do pedido do banco à IBM eles estarão inteligados por uma espécie de “cordão umbilical global”. As cadeias de suprimento globais são tão importantes, que hoje se considera que elas pairam acima dos fatores geo-políticos e das ideologias. Ou seja, onde exixtem empresas ganhando dinheiro nas cadeias globais de suprimentos os governos terão menos oportunidades para exercer sua costumeira “lambança” nacionalista, teocrática, ou orientada por qualquer tipo de ideologia. É porisso que a Índia, o maior país muçulmano do mundo, não está nem aí para os movimentos radicais dos árabes.
Já a Web 2.0 é fruto da Globalização 3.0. O termo Web 2.0 surgiu em 2004, criado por Tim O’Reilly, um irlandês entusiasta de movimentos de apoio ao software livre e código livre. O conceito propõe o desenvolvimento colaborativo de softwares complexos, via Web , que por sua vez se tornarão cada vez melhores, quanto mais sejam usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva. Não se sinta na Idade da Pedra por nunca ter ouvido o termo. Provavelmente você ao menos já experimentou e não teve consciência disso. Os ícones dessa nova onda estão na boca do povo, vide YouTube (vídeos publicados na web), Google (maior site de buscas do mundo) e os sites de relacionamento como o Orkut (site de relacionamentos entre adolescentes) e o Linked In (que permite que você participe de uma cadeia de relacionamento de negócios, onde a rede de relacionamentos de quem aceitar seu convite, passa também a fazer parte da sua e vice versa).
A Web 2.0 tem sido a grande fonte inspiradora da humanidade para experimentos em novas dimensões de vida. Um bom exemplo disso é o “Second Life”, um simulador da vida real em mundo virtual totalmente 3D, onde cada jogador encontra um meio de sobreviver, aprendendo e desenvolvendo atividades lucrativas, que refletem em seu poder aquisitivo dentro do jogo. O negócio é tão sério que essa vida paralela, com mais de 2 milhões de “avatas” no mundo (nomes dados aos personagens virtuais), possui sua própria moeda, o Linde dollar (L$), que pode ser convertido em dólares verdadeiros, de acordo com sua cotação de câmbio. A “Second Life” pode parecer besteira, mas trata-se de uma excelente forma de treinamento para aqueles que se iniciam no mundo corporativo.Assim como você eu também me espanto com o volume de novidades que estão passando em baixo de nossos pés e, muitas vezes, nos atropelando pela velocidade como entram em nossas vidas. Há pouco tempo, vi uma apresentação na internet de Chris Anderson, publisher da Revista Wired, onde um dos gráficos apresentados em seu material apontava três blogs (posições 9, 24 e 39) entre as 40 mídias com maior audiência no mundo, concorrendo com New York Times, CNN, Guardian e a própria Wired. Recentemente, um estudo feito pela IC Digital no Brasil mostrou que Natura, Avon e O Boticário participam de mais de 280 blogs, como forma alternativa de promoção e vendas.

É realmente muita informação. Diante desse cenário, tenha a certeza de que quando esses assuntos chegam à grande mídia, é sinal de que já estamos atrasados, vivendo pelo menos uma dimensão atrás daquela mais avançada. E hoje, mais que nunca na história da humanidade, tempo é dinheiro.


Novos hábitos provenientes da globalizaçao



De acordo com Raquel de Lima Pereira, com o surgimento da globalização, o ser humano adquiriu novos hábitos, passando a se interagir e comunicando-se com o mundo, desta forma adquiriu mais conhecimentos, tanto para o lado pessoal como para o profissional. A globalização se torna a cada dia mais rápida, facilitando assim, para que as empresas possam se especilalizar mais, adquirindo conhecimentos inriquecedores para o seu crescimento

Avanços na tecnologia digital



Conforme a colaboraçao de Andressa Nascimento, os avanços na tecnologia digital, com o abrangimento do acesso a internet pela sociedade como um todo, explica a dependência cada vez maior das pessoas interagirem, seja pela necessidade de comunicação pessoal ou profissional. Somos como sociedade econômica, totalmente dependentes tanto da integração entre regiões e países quanto da dinamização dos negócios, que se dá através da informática. Essa era da globalização digital pode ser só o começo, digamos uma adaptação para os novos surgimentos de tecnologias de informação e comunicação. Avalio, portanto, que um maior acesso às tecnologias digitais é imprescindível para o avanço econômico e social, pois nossa dependência tecnológica já se tornou inevitável.

O ano de quatro meses

   O problema da globalização é que o tempo está acelerando cada vez mais. A globalização sempre existiu, desde o Império Romano, mas o que acelerou não foi a globalização, e sim a rapidez das mudanças. O ano, que era de doze meses, é hoje na prática de somente quatro. Por isso todo mundo anda sem tempo para respirar. Graças ao telefone, celular, internet, e-mails, conseguimos decidir, analisar, coordenar e implementar tudo muito mais rápido.
   Em 1973 levei seis meses para fazer a pesquisa bibliográfica inicial da minha tese de doutorado. Hoje eu faria a mesma pesquisa em doze horas, na internet. Na época, os livros que encomendei demoraram quatro meses para chegar do exterior. Hoje chegam em uma semana.
   Os Estados Unidos, uma economia já madura, voltaram a crescer 7% ao ano, deixando muitos analistas perplexos. Não há nada verdadeiramente de inusitado. Os americanos continuam a crescer seus modestos 2,1% ao ano de sempre, só que implantam seus novos investimentos em somente quatro meses, e não mais em doze, como antigamente.
   Nós, infelizmente, ainda levamos quatro anos para fazer o que deveríamos fazer em um. Nossas leis precisam de demoradas reformas constitucionais para mudar. Não é por coincidência que os maiores críticos da globalização são professores que continuam dando as mesmíssimas matérias nos mesmos doze meses de sempre. Reduzir um curso de quatro anos para três, cortando matérias desnecessárias, ensinar melhor e mais rápido sem encher as aulas com lengalenga, nem pensar. Os grandes opositores da globalização são os conservadores que, como sempre, preferem que o tempo pare, a seu favor.
   No fim do ano que vem estaremos figurativamente em 2007, não em 2004. Só que ainda estamos discutindo as reformas de 2003. Ninguém leu corretamente Darwin, que nunca falou da sobrevivência do mais forte. O que ele mostra é a sobrevivência do mais ágil, aquele que se adapta às mudanças inevitáveis do mundo com maior rapidez. São os lerdos que são comidos pelos tigres.
   Normalmente as vítimas são animais fortes que se tornaram velhos e lentos. Na selva capitalista não sobrevive o mais forte, como todo mundo acredita, e sim o mais rápido, que enxerga e responde com dinamismo. Não são aqueles que têm os melhores genes que sobrevivem, apesar de a maioria dos livros dizer justamente o contrário. São aqueles que se adaptam mais rapidamente, que mesmo com adaptações imperfeitas enfrentam o problema.
   Temos centenas de partes do corpo que são meros quebra-galhos, e não as melhores adaptações possíveis. Se você tem constantes dores nas costas, lembre-se de que a coluna não foi feita para que ficássemos em pé, e sim para andarmos de quatro.
   Uma das saídas dessa sinuca, no nível pessoal, não é necessariamente fazer mais em menos tempo, mas sim largar tarefas menos essenciais e se concentrar naquilo que realmente é importante. Isso significa largar funções que você continua a carregar por tradição, para manter poder ou por vaidade.
   Sem querer generalizar, todo ser humano tende a procurar mais poder do que consegue administrar.
   Delegar tarefas, funções e trabalho é visto como derrota, uma perda de poder, fatal para qualquer político, executivo ou chefe de departamento.
   Em vez de encarar a delegação como diminuição de status, encare-a como uma forma de se concentrar naquele nicho em que você realmente é mais competente, o que no fundo lhe trará muito mais poder. O segredo é fazer menos e melhor, algo que ainda não aprendemos. Eu também gostaria de que o tempo andasse mais lentamente, ou que o Primeiro Mundo tirasse nove meses de férias em vez de continuar trabalhando como louco, tirando nossos empregos.
   Por outro lado, essa aceleração do tempo significa que poderíamos estar resolvendo mais rapidamente inúmeros problemas brasileiros, em especial nossos problemas sociais.
   O fato de que o tempo acelerou pode ser parte da solução, não somente parte do problema. Portanto mexa-se, e feliz 2007 para todos.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)

Revista Veja, Editora Abril, edição 1833, ano 36, nº 50 de 17 de dezembro de 2003


 

sábado, 11 de agosto de 2007

O Brasil nas pesquisas - "Mais informatização do que inclusão"


Cresce o número de computadores no País, em domicílios e empresas. Hoje, são cerca de 33 milhões em uso – 17 por 100 habitantes, na faixa da média mundial. Segundo dados da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da FGV, seis milhões de equipamentos foram comercializados em 2005, 24% a mais do que no ano anterior. E o que é melhor: as classes C e D também compraram. Estima-se, agora, um aumento anual de 15% nas vendas, com um total de 50 milhões de máquinas até 2009. O ambiente corporativo foi o que mais evoluiu, especialmente médias e grandes empresas. A maior parte dos seus computadores corresponde, hoje, a Pentium 4, havendo apenas um funcionário por equipamento. No segundo setor de um modo geral, os gastos em informática subiram de 4% para 5,3% do faturamento entre 2000 e 2004.Mas o cenário digital brasileiro está longe de fazer o País ocupar um lugar de destaque nas estatísticas. Em recente pesquisa sobre índice de oportunidade digital feita pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), órgão da ONU, o Brasil ficou na 71ª posição. O estudo envolveu 180 países e levou em conta algumas variáveis, tais como: população com acesso à Sociedade da Informação e potencial de inserção de novos segmentos; cobertura e preços da telefonia móvel e do custo de conexão à Internet; e infra-estrutura tecnológica (redes fixas, móveis e de acesso à Internet). Em compensação, mesmo tendo ficado atrás do Chile, Argentina, México, Uruguai e Venezuela, o Brasil foi um dos países que mais evoluíram desde que o índice começou a ser medido, em 2001. Não tanto quanto a Índia, mas registrou um crescimento de 35%.Outra compensação: somos os atuais campeões, pelo quarto mês consecutivo, no ranking que mede a quantidade de horas mensais de navegação na Internet. Mas tal mérito, à luz da democratização do acesso à informática, não tem peso significativo. Nas escolas públicas, por exemplo, onde o computador deveria estar para promover inclusão digital e social, só há um equipamento para cada 50 estudantes. Até em colégios particulares, a relação é de um micro para, no mínimo, 16 alunos. Essa situação colocou o Brasil em penúltimo lugar num trabalho da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) a respeito do assunto.

Reconhecido como uma ferramenta que faz diferença quando incorporada à pedagogia, otimizando o desempenho dos alunos e transformando a experiência da sala de aula, o computador tem servido mais à área administrativa da escola do que ao ensino ─ o que agrava a situação de escassez de equipamentos. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP), pelo menos 30% dos colégios estaduais (que atendem a 40% da população do ensino fundamental ao médio) não possuíam sequer um micro em 2003, o que dirá laboratório de informática. E dos computadores disponíveis, menos da metade acessava a Internet. No mesmo estudo, as escolas municipais (que respondem por 50% da massa de alunos) apareceram com uma defasagem ainda maior, pois só 18% delas tinham um micro ou pouco mais unidades na ano da pesquisa.

Além das questões crônicas do ensino público brasileiro, como evasão de alunos, a prática demonstra que a decisão de dotar as escolas de computadores antecipou-se ao debate de como eles poderiam ser melhor aproveitados. Os equipamentos, nem sempre devidamente cuidados e protegidos, às vezes são usados apenas para substituir aulas de arte. Uma grande parcela de professores opta por não recorrer aos laboratórios de informática em virtude da dificuldade em integrar os trabalhos no computador com o ensino regular de sala de aula. Diante de tantos desafios, o montante de 160 milhões de reais destinado pelo governo, em 2005, a ações de inclusão digital nas escolas públicas não teve o menor fôlego para potencializar o uso da tecnologia.

Fonte: http://www.cdi.org.br/cdi/opencms/site/regionais/matriz/boletim_informativo/tecnologia.html